As micro e pequenas empresas (MPEs) de Minas Gerais continuam liderando a criação de empregos no estado. Em julho de 2024, esses pequenos negócios geraram 10.201 novas vagas, representando 91,2% dos 11.183 postos de trabalho criados no mês, de acordo com um levantamento do Sebrae Minas, baseado nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O setor de serviços foi o destaque entre as MPEs, com a criação de 4.793 novas vagas, seguido pelo comércio, com 2.769, e pela construção civil, que gerou 2.447 empregos no período.
Na distribuição regional, as MPEs da Região Central lideraram com 6.115 novos postos, seguidas pelas regiões do Noroeste e Alto Paranaíba (1.591) e da Zona da Mata e Vertentes (1.327). Em âmbito nacional, Minas Gerais ficou em segundo lugar na geração de empregos por MPEs, atrás apenas de São Paulo, que registrou 32.576 novas vagas em julho.
Esse desempenho positivo reforça o impacto das políticas estaduais voltadas para o crescimento econômico, a atração de investimentos e a geração de empregos. Segundo Fernando Passalio, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, a simplificação de processos burocráticos tem sido fundamental para o fortalecimento dos pequenos negócios, o que, por sua vez, impulsiona a criação de empregos e oportunidades no estado. “Estamos promovendo um ambiente favorável ao empreendedorismo, com foco em agilidade, acesso ao crédito e inovação, para aumentar a competitividade no mercado mineiro”, destacou Passalio.
Desempenho acumulado do ano
Nos sete primeiros meses do ano, Minas Gerais registrou 170.693 novas vagas de emprego. As micro e pequenas empresas foram responsáveis por 68,4% desse total, criando 116.720 postos de trabalho, o que equivale ao dobro das vagas geradas por empresas de médio e grande porte.
Desburocratização e liberdade econômica
Minas Gerais avança na desburocratização com a Lei de Liberdade Econômica, implementada em 462 municípios por meio do programa Minas Livre Para Crescer, beneficiando mais de 11 milhões de cidadãos, o que corresponde a 55% da população e 61% do PIB estadual. Nesses municípios, o tempo médio para abrir uma empresa é de 16 horas, enquanto nas cidades que ainda não adotaram a liberdade econômica, esse tempo sobe para 23 horas.
O programa Redesim+Livre, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e pela Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), com apoio do Sebrae Minas, tem agilizado ainda mais o processo de abertura de empresas. Nos municípios que adotaram o programa, atividades de baixo e médio risco podem iniciar suas operações em poucos minutos.
Além disso, as MPEs desses municípios têm acesso à linha de crédito “Crédito Para Crescer” do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), que oferece taxa de juros especial de 5,75% ao ano + Selic, tarifa reduzida e até 48 meses para pagamento.
Para Bárbara Castro, analista do Sebrae Minas, a agilidade na abertura de empresas, promovida pela digitalização e automação dos processos, aliada às iniciativas de desburocratização, tem sido determinante para o bom desempenho das MPEs na geração de empregos e no desenvolvimento econômico do estado. “As ações voltadas para a desburocratização, como a Lei de Liberdade Econômica e o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, estão criando um ambiente de negócios mais seguro, com melhor acesso ao crédito e mais agilidade na abertura de empresas, o que fortalece a competitividade dessas empresas”, concluiu Castro.