A confiança dos microempreendedores individuais (MEI) atingiu em setembro seu maior nível em um ano e meio de pesquisas conduzidas pelo Sebrae e pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com uma pontuação de 109,1, o Índice de Confiança do MEI (IC-MEI) avançou 8,2 pontos em relação a setembro do ano anterior, refletindo uma avaliação positiva dos empreendedores sobre o cenário atual e suas expectativas para o futuro.
Os dados do estudo indicam que os três principais setores monitorados registraram crescimento significativo na confiança, com destaque para a Indústria de Transformação, que subiu 11,4 pontos. O Comércio e os Serviços também apresentaram elevação de 8,5 e 6,3 pontos, respectivamente.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, esse crescimento reflete o efeito positivo das políticas econômicas atuais. “A confiança está vinculada ao bom momento econômico que o Brasil vive novamente. O MEI é alguém que levanta todos os dias para fazer sua própria renda, e agora o governo tem dado suporte para que ele possa continuar gerando emprego e renda”, afirma Lima.
Lima ainda destaca que a maior geração de empregos e o aumento da remuneração têm beneficiado diversos setores, como o de alimentos e bebidas, produtos de limpeza, artesanato, confeitaria, costura e produção de marmitas, que dependem do poder de compra da população.
A alta no otimismo foi registrada em todas as regiões do país. Mesmo no Sul, que enfrentou queda no índice após as enchentes de abril, o indicador voltou a se alinhar à média nacional, alcançando 108,9 pontos.
Outro ponto relevante da pesquisa é o levantamento sobre os fatores limitantes para os MEIs: a demanda insuficiente foi apontada por 24,2% dos entrevistados, seguida pelo custo financeiro (24%), que liderava o ranking no ano anterior com 31,8%.
De acordo com o presidente do Sebrae, o cenário atual é mais favorável do que há um ano, com um mercado consumidor mais aquecido, especialmente no segmento de baixa renda, e menores custos financeiros. O desafio, agora, é manter o ritmo de crescimento das vendas e da confiança do setor.