O Pix consolidou-se como a principal modalidade de pagamento para microempreendedores individuais (MEI), representando 51% ou mais do faturamento de 48% desses profissionais, segundo pesquisa do Sebrae. Em menos de quatro anos desde seu lançamento, a ferramenta alcançou quase universalização no setor, sendo aceita por 97% dos MEI.
Apesar de sua ampla adoção, uma parcela ainda resiste ao uso do Pix, alegando receio de golpes, ausência de conta bancária ou desconfiança em relação a possíveis impostos e taxas.
Bancarização e acesso a crédito
O Pix não só transformou as transações comerciais, como também contribuiu para a bancarização dos MEI. Segundo Valdir Oliveira, gerente de Serviços Financeiros do Sebrae Nacional, 54% dos microempreendedores já utilizam contas bancárias de pessoa jurídica para receber pagamentos via Pix, o que melhora sua relação com instituições financeiras e facilita o acesso a crédito.
“A bancarização é crucial para o crescimento desse segmento. O Pix aproxima os MEI das movimentações bancárias, permitindo que bancos avaliem melhor o perfil de crédito e reduzam os riscos”, afirma Oliveira.
Principais dados do levantamento
- 97% dos MEI aceitam Pix como forma de pagamento;
- 48% dos MEI têm mais da metade do faturamento proveniente do Pix;
- 54% utilizam contas bancárias empresariais para receber transações.
Com a popularização do Pix, os microempreendedores ganham não só em eficiência, mas também em oportunidades de expansão financeira e bancária, consolidando o sistema como um dos principais pilares do empreendedorismo no Brasil.