O otimismo entre os microempreendedores individuais (MEIs) alcançou um novo patamar em novembro, com o Índice de Confiança do MEI registrando alta de 8,1 pontos em relação ao mesmo mês do ano passado. A pesquisa, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), aponta que o resultado foi impulsionado principalmente pelos setores de Comércio, que apresentou crescimento de 10 pontos, e de Indústria de Transformação, com aumento de 8,6 pontos.
Fatores que impulsionaram o crescimento
O índice é formado por duas variáveis: o Índice da Situação Atual e o Índice de Expectativas. Em 12 meses, o Índice da Situação Atual apresentou a maior alta, com crescimento de 9,1 pontos, refletindo o bom desempenho recente dos negócios. Já o Índice de Expectativas, que mede o otimismo dos empreendedores em relação ao futuro, subiu 7 pontos no mesmo período.
Para Décio Lima, presidente do Sebrae, o aumento na confiança vai além do tradicional otimismo sazonal. “É natural que os empreendedores do Comércio fiquem mais animados com as vendas de fim de ano, como Black Friday e Natal, mas o crescimento consistente ao longo dos meses indica um bom momento da economia brasileira”, afirmou.
Formalização pode impulsionar ainda mais o setor
Décio também destacou a importância da formalização para os microempreendedores. “Empresas regulares, com CNPJ, têm uma chance muito maior de melhorar o faturamento, em média 25% a mais que as informais”, ressaltou.
Com o crescimento da confiança e o aumento nas vendas de fim de ano, o momento é propício para que empreendedores busquem formalizar seus negócios, garantindo acesso a crédito, emissão de notas fiscais e outros benefícios.
O desempenho positivo do índice reforça o papel dos MEIs no fortalecimento da economia brasileira, demonstrando que, mesmo em um cenário desafiador, o segmento se mantém resiliente e otimista quanto ao futuro.